sexta-feira, 17 de abril de 2015

ACUSADO DA CHACINA DO APRAZÍVEL EM SOBRAL, EXIGE PROTEÇÃO POLICIAL

Polícia captura o primeiro acusado. Eles usaram tocas ninja para executar as vítimas.

"Eu só falo em Juízo, quero um advogado e proteção policial pra mim e pra minha família". Exigiu o acusado preso, durante o interrogatório, nas dependências do Fórum de Sobral, por volta das 13h dessa sexta-feira 17. "Keké" foi preso hoje pela manhã em Jijoca de Jericoacoara e é um dos acusados pela chacina do Aprazível, na última terça-feira 14.

"Keké" foi preso num bar em Jijoca de Jericoacoara

Segundo uma fonte da polícia, "Keké" confessou ainda que planejou, orientou outros três comparsas e acompanhou Patrícia Farias e sua mãe Maria de Jesus, no banco de trás do veículo usado no crime, até a CE 241, já no sopé da serra do município de Alcântara, distante 21km da casa onde executaram a filha de Patrícia e outro três homens. "Arquitetei e ajudei, mas não atirei", revelou o acusado. A polícia conseguiu apreender também uma motocicleta usada na ação criminosa, mas ainda não localizou o veículo usado pelo bando. Uma sacola contendo tocas ninja também foi apreendida pelos investigadores.


Patrícia e sua filha Emily estavam entre as seis 
pessoas executadas pelo bando de "Keké"

O crime chocou o Ceará e teve grande repercussão nacional. "Keké" foi capturado em um bar, no município de Jijoca de Jericoacoara, na manhã de hoje (sexta-feira 17), após campana feita por agentes do serviço de inteligência da Polícia Militar, COIN, CPI e CHOQUE. Os nomes dos outros acusados pelo crime, procurados pela Polícia ainda não foram divulgados para não atrapalhar o andamento das investigações. Duas testemunhas de acusação também já foram ouvidas pelo delegado Dr. Júnior Vieira, Coronel Carvalho e o Comandante do CPI (Companhia de Policiamento do Interior). Coronel Júlio Rocha.


Uma multidão compareceu a sede da Delegacia de Polícia Civil de Sobral, na manhã de hoje. Na saída do acusado para o Fórum, onde foi interrogado novamente por agentes da polícia, populares gritavam por justiça e chamavam-no de assassino. Outras três pessoas já foram identificadas e a polícia divulgou que devem ser capturados nas próximas horas.

Patrícia morava com seu atual marido e um casal de filhos no bairro Padre Palhano, mas costumava visitar sua mãe no distrito de Aprazível, pelo menos três vezes por semana, segundo o seu companheiro. Seu filho caçula de nove anos seria a sétima vítima da chacina, mas escapou porque estava num culto evangélico no momento em que a casa foi invadida pela quadrilha. Foi a criança a primeira pessoa a encontrar os corpos amarrados no chão da cozinha, por volta das 21h20.

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