terça-feira, 28 de abril de 2015

MINHA CASA, MINHA VIDA VIRA CASO DE POLÍCIA EM SOBRAL.

MINHA CASA, MINHA VIDA.
Obras podem parar em Sobral e Fortaleza, no Ceará.
Os operários eram obrigados a assinar a rescisão e a construtora 
                                                           não repassava os direitos trabalhistas dos mesmos.

O programa do Governo Federal vira caso de polícia em Sobral. Ministério Público do Trabalho já investiga sérias denúncias de trabalho escravo e salários atrasados. Operários maranhenses como Francisco de Assis que veio do município de Tutoia-MA e Antônio Agenor que saiu de Araioses-MA, estavam há mais de um ano, vivendo em condições mínimas de sobrevivência, sem comida em vários momentos e há três meses sem receber salário. O caso já está sendo investigado pelo Ministério Público do Trabalho, as empresas Bom Jesus e Direcional já foram citadas. A construtora paulista terceirizada Bom Jesus LTDA, abandonou a obra e deixou um rombo que pode chegar a meio milhão. Cerca de 83 operários, já procuraram a delegacia do Trabalho em Sobral, todos foram obrigados pela empresa Bom Jesus, a assinar as homologações sem o repasse do fundo de garantia dos mesmos. Eles protestaram fechando a entrada principal do canteiro de obras em Sobral, na manhã dessa terça-feira 28, a polícia foi chamada. Suely Alves conta que recebeu as contas via telefone, ela não recebeu o aviso prévio e está sem receber salário faz três meses.

A polícia foi chamada para liberar a entrada dos operários
no canteiro de obras do Minha Casa Minha Vida em Sobral

Além dos auxiliares de pintura, pedreiros, pintores e outros profissionais que foram lesados, a empresa foi embora e deixou também uma dívida de 30 mil reais com a empresa E10 Alimentos, que fornecia quentinhas. As casas locadas para abrigar os operários também estão com seus aluguéis atrasados há três meses, segundo eles. Uma empresa de segurança contratada para evitar furtos de cobre dos apartamentos em obra, também ficaram sem receber cerca de nove mil reais. A construtora Bom Jesus LTDA, com sede em São Paulo, foi terceirizada pela construtora Direcional. Tentamos contato com ambas, mas sem êxito. Segundo informações repassadas por funcionários do escritório central em Sobral, parte dos repasses foram bloqueados pela Direcional que agora tenta negociar com a procuradoria do trabalho para regularizar a situação. Segundo os operários, cerca de 600 apartamentos estão com as obras paradas no programa em  Sobral. Já em Fortaleza, a dívida deixada pelas construtoras pode chegar a 30 milhões de reais.

 Suely Alves conta que foi demitida por telefone. Ela também assinou
sua rescisão sem receber as garantias trabalhistas e cobra três meses de trabalho.

 Cerca de 600 apartamentos ainda não foram terminados, segundo operários.

 Falta repasse federal e obras podem parar em Sobral e Fortaleza.

Bernardo Vilar Barros é maranhense, foi abandonado pela construtora Bom Jesus
 em Sobral e está sem receber salário faz três meses.



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