Desta vez não foram "aviõezinhos", mas um monomotor carregado de cocaina.
O tráfico interestadual parece está de olho no interior do Ceará, foi o que descobriu a polícia cearense, após a queda de um monomotor, na fronteira do Ceará com o Piauí. O piloto morreu carbonizado e a polícia está fazendo uma varredura na região, na tentativa de descobrir se pacotes de cocaina não foram lançados da aeronave na mata antes de cair.
Destroços do monomotor incendiado
Além das fronteiras internacionais abertas para o tráfico de armas e drogas, o interior do Ceará parece ter se tornado a principal porta de entrada de cocaina e armas de fogo. Não é a toa que em média, 30 armas estão sendo apreendidas mensalmente pela polícia sobralense, cidade distante 230km de Fortaleza, no Norte do Ceará. Imagine se o judiciário decidisse estreitar a relação com os órgãos de segurança e agilizasse os mandados de busca e apreensão que passam semanas, meses engavetados. Segundo fontes de dentro da Polícia, a droga seria para abastecer a serra da Ibiapaba. Região que já vem sofrendo mudanças sociais gravíssimas causados pelo comercio de drogas.
PROFISSIONAIS
Neste sábado 11, a prisão de uma quadrilha que usava até um Drone com capacidade para voar até 500m de altura, podendo atingir até mil metros de distância e com capacidade de até 18 minutos de voo, deixou a cúpula da segurança pública de "orelha em pé". Além do Drone com uma pequena câmera de monitoramento que seria usado para monitoras a movimentação policial, equipamento que também já deveria está sendo usado pela polícia cearense, duas Amarocs, sendo uma com placa de São Paulo e a outra de Fortaleza, um caminhão carregado com gasolina para aviões, que serviria para reabastecer a aeronave, muitos celulares usados para evitarem grampo, rádios de comunicação, mais 15 mil reais em cédulas paraguayas, dolar e real. Seis pessoas foram presas. As quadrilhas agora estão entrando pelo ar e pousando em pistas clandestinas, como a descoberta neste sábado, no sopé da chapada da Ibiapaba, fronteira com o Piauí.
Com a alta demanda do consumo de drogas, policiamento defasado há dez anos no interior do Ceará, a ausência da Polícia Federal no interior do estado e a falta de delegacias especializadas fora da capital cearense, o estado se tornou uma "mina de ouro" para o crime organizado.
Fotos: Polícia Militar
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